Passou um bom tempo desde o dia em que minhas aspirações futuras seriam moldadas para se tornarem o maior sonho da minha vida. Olhando pra trás, ainda me imagino naquele avião; minha alma inquieta buscava uma jornada tão nova quanto instigante para me conduzir ao desconhecido. Quando visitei Amsterdã pela primeira vez, foi amor à primeira vista.
A Holanda é um país sem vergonha onde o interior das casas é compartilhado como um livro aberto. Tal qual uma narrativa minuciosa, o cotidiano das famílias se revela para a curiosidade de qualquer um: claro, desde que alguém esteja prestando atenção. A propósito: eu estou. Sempre.
Uma das conveniências de um país pequeno é a facilidade de viajar entre um lugar e outro em algumas horas. As cidades são pequenas o suficiente para explorá-las num piscar de olhos, ao mesmo tempo em que curtimos novas paisagens e ambientes que inspiram. A Holanda é prova disso e com praias, montanhas, florestas, vida urbana, vilarejos medievais... a lista é longa!
Criei uma lista concisa com meus museus favoritos em Amsterdam: variados o suficiente para agradar a todos os gostos. Já estive em alguns deles inúmeras vezes. Quando amo um museu, não importa quantas vezes eu o visite: parece que a cada ocasião, novos horizontes e perspectivas se revelam diante de mim.
Sempre transmitindo um espírito leve e gracioso, ela é a força locomotiva da mais antiga loja de cafés da Europa. Nos últimos 22 anos, Marie Louise Velder abre as portas da 't Zonnetje koffie thee en kruiden. Com um baita sorriso no rosto, ela recebe clientes habitués que confiam em seu expertise e na mais refinada curadoria de cafés e chás da cidade.
Amsterdam é uma das cidades mais convidativas para adeptos de uma alimentação sem carne animal. Mesmo se o restaurante não for 100% vegetariano ou vegano, há grandes chances desses espaços agradarem esse consumidor. É um dos melhores momentos em Amsterdam para quem acredita que os vegetais devem ser a estrela da refeição.
O quão apaixonada uma pessoa precisa ser, por um lugar, que a faça dedicar toda sua vida em torno de um único assunto? Mesmo permanecendo, este lugar, impenetrável durante anos até se tornar, possível, visitá-lo? Esta é a história de Sjoerd de Vries, um excêntrico, simpático e eloquente holandês que conheci por acaso em Amsterdam.
Ninguém escolhe morar em um barco por acaso. Não se trata de uma alternativa a outros tipos de moradia. Não. Você precisa realmente querer casar com seu barco e lidar com expectativas, frustrações, ter paciência e determinação. Mas, no fim do dia, esses quatro proprietários me garantem que as vantagens são muito maiores ao comparar com uma casa padrão.
Mesmo se você não mora na Holanda, vai notar, ao visitar o país, que o principal transporte dos moradores é mais que um meio de locomoção. É um estilo de vida, uma companheira pra vida toda. Faz parte do que significa ser holandês. Diz muito sobre como o holandês enxerga a vida e gosta de viver. Em outras palavras: livre e da forma mais prática possível.
Numa tarde de segunda-feira ensolarada fui conhecer o bartender italiano Ciro Adriano de Georgio num lindo canal de Amsterdam. Mantivemos as regras de distanciamento social e ali mesmo ele improvisou e preparou seu Last Drink sobre uma mesa de bronze e aço, uma peça de arte chamada "Apen aan Tafel" (Macacos sobre a Mesa).