Contato humano

19 de Setembro de 2020

Tirei a sexta-feira de folga. Minhas reportagens inacabadas podem fermentar um pouco mais. Esses e-mails que devo enviar podem esperar e o editor da revista há de entender meu ritmo mais lento também. É quase fim de semana e, pelo amor de Deus, o sol está brilhando e me convidando pra sair!

No entanto, mais uma vez enfrento a minha culpa silenciosa que sempre tenta me sabotar em vez de me apoiar para desfrutar plenamente o que os italianos fazem tão bem: dolce far niente. Bem, nesse caso não é "não fazer nada": eu tive um dia muito ocupado ao lado de uma querida amiga que celebrava seu aniversário.

Começamos com um brunch fabuloso, seguido de uma visita a um hotel que adoro (tenho costume de entrar em hotéis para bisbilhotar a vibração da hospitalidade). Depois, caminhamos por horas pelo centro de Amsterdã vazio e eu mostrei a ela a beleza da arquitetura antiga da cidade. Paramos para comer a iguaria típica brasileira que eu mais amo - “pão de queijo” - que nos levou depois a nos deliciarmos com a famosa iguaria holandesa, a bolacha stroopwafel. Foi tanta comida que quase bateu a indecente culpa de novo...

Algumas horas depois, as pernas cansadas e cada momento capturado pelas lentes do Iphone, assistir ao pôr do sol no canal parecia o final perfeito para um dia tão especial. É tão bom estar na companhia de outras pessoas. Estou mais do que convencida de que a conexão humana é a parte mais essencial para o bem-estar do seres vivos.

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