O transgressor bairro de Plagwitz em Leipzig

Assim como o Brooklin em Nova York e a Gamboa no Rio de Janeiro viram surgir espaços dedicados à arte ocupando antigas fábricas, galpões e indústrias, com o distrito de Plagwitz, em Leipzig, não foi diferente. É o local preferido de todo tipo de artista e pessoas que usam a criatividade a seu favor, com um estilo de vida mais boêmio.

É um bairro cool, ao mesmo tempo laid back que não permite a proliferação da geração “yuppie” e de todas as bandeiras consumistas que permeiam esse estilo de vida. Tampouco viu seus aluguéis subirem insanamente; ainda é tempo de mudar pra lá sem pagar necessariamente um absurdo. Um dos representantes, por assim dizer, da essência de Plagwitz é a antiga fábrica de algodão Spinnerei.

Datada de 1884 e tendo abrigado 1.600 trabalhadores, permaneceu por muitos anos inativa, até que em 1993 foi adquirida por compradores privados e hoje abriga 100 estúdios de arte com lista de espera para entrar. Alguns moram nas instalações da antiga fábrica e fazem do lugar – rústico industrial – um grande palco de arte e performances.

Embora a seleção de artistas e estúdios tenha um certo rigor para a entrada no Spinnerei, não significa falta de oportunidade para artistas diversos exporem seu trabalho lá, mesmo que temporariamente. Muitos alunos terminam estudos na famosa Art Academy of Leipzig e automaticamente podem apresentar o fruto dos seus trabalhos em espaços coletivos e dedicados à rotatividade da exposições.

Na foto, a pintora americana Elisabeth que se apaixonou pela receptividade da Alemanha com seu trabalho e mente criativa, tendo deixado Ohio para viver Spinnerei, onde tem um apartamento, após terminar seus estudos em Dresden.

Comentários

O comentário será moderado pelo admin antes de ser exibido