O quanto você se ama?

1 de Março de 2021

Recentemente, escrevi sobre um decepção que me deixou muito deprimida. Uma doce amizade foi rompida. Assim como uma porcelana quebrada, você pode colar as pecinhas, embora nunca mais terão a mesma aparência. Não importa quanto tempo passe: essas falhas sempre evocarão um vínculo frágil que se desfez.

Algumas semanas depois, me peguei pensando em amor-próprio. Particularmente associado, neste caso, à autoestima. Quando as pessoas lutam para amar a si mesmas, em primeiro lugar, pode ser difícil traçar a margem necessária que coloca um limite até onde se deve ir para tolerar a negligência de um amigo. Mas afinal de contas: deve haver espaço para descuido numa amizade verdadeira?

A falta de amor próprio e auto-estima pode ser muito prejudicial. Faz com que a pessoa não tenha nada além de um coração vulnerável e desesperado: seus sentimentos podem ser feridos milhares de vezes e ela ainda vai acabar procurando a afirmação dos outros. Não se trata tanto de perdão, mas sim, de perceber quando você é o único que se importa.

O quanto é necessário para reconhecer que o auto-contentamento deve simplesmente ser digno, por si só, em vez de buscá-lo do lado de fora?

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