A vibrante e inesquecível Tel Aviv
Tel Aviv é uma das cidades mais vibrantes, cosmopolitas e lindas que já visitei. Pergunte a quem já tenha ido: em Tel Aviv se vê um dos mais inesquecíveis pôr-do-sol, graças, inclusive, pela sua localização litorânea privilegiada. Faz calor quase o ano todo, motivo de sobra pra cidade ter a praia como um dos principais atrativos, além de limpa e bonita. Já durante o inverno, as temperaturas caem um pouco e fica bem agradável, mas os dias seguem em grande parte ensolarados.
Descolada: Quem curte o lado mais urbano e agitado vai adorar, por exemplo, tantas opções de cafés, bares, baladas, rooftops, largas avenidas e ruas onde os jovens literalmente as ocupam dia, noite e madrugada. O trânsito pode até ser meio caótico (o israelense é fascinado por buzinar, não é fácil dirigir lá), mas anda-se super bem a pé ou de bicicleta, principalmente as elétricas que viraram febre nos últimos anos. Já os táxis, evite-os se não for saindo ou chegando ao aeroporto, ou negocie o preço antes... nunca se sabe o que vão querer cobrar.
Praias: Durante o verão, Tel Aviv oferece enorme variedade de praias : das mais familiares às mais badaladas. Gosto muito de duas: a Brogashov, bem central e com opções de quiosquers e barzinhos à beira mar, bem family-friendly - mas sem ser careta -, e para um pouco mais de agito, a Hilton Beach é onde você quer estar (e prepare-se para gastar muito, os preços são hiper altos). A Hilton é inclusive onde se vê mais turmas e casais gays e muita gente bonita.
Onde ficar: pra quem ama hotel pequeno de atendimento mais próximo e caloroso pode escolher o White Villa, super central, elegante e low key, a alguns passos da famosa Rotschild Boulevard; ou Market House que fica no bairro antigo do porto de Yaffo, a alguns passos da praia e do buxixo das ruas no entorno do mercado de pulgas local. Ambos são muito cool, com serviço intimista e despretensioso e servem cafés da manhã inesquecíveis. Mas se a intenção é, digamos, “a place to see e to be seen”, se hospede no The Norman, maior em termos de estrutura, imponência e variedades, linda arquitetura, com diversos restaurantes (comida maravilhosa), rooftop pool, academia, lobby bar, salas e jardins ... Não à toa vive cheio.
Mercados: a comida de rua e suas cores e aromas dizem muito sobre a cultura e costumes locais. Por isso sempre começo minha jornada numa cidade ou país desconhecido pelos mercados de comida. Em Tel Aviv são 03 imperdíveis: o Carmel, mais turístico e lindo de se olhar e comprar, o Levinsky Market, menos pop e frequentado por locais, e o Sarona Market que segue a tendência dos food courts, tal qual o Chelsea Market em NY, o Borough Market em Londres, o Food Hall em Amsterdam.
Onde circular: a maioria dos bairros históricos tem muito charme e encantam pelo que nos faz imaginar que ali possa ter acontecido. Pra começar a entender a formação de Tel Aviv, recomendo se hospedar ou pelo menos explorar por mais de 01 dia o bairro portuário de Yaffo. Os tons de bege das construções antigas formam uma palheta que acalma o olhar e se integram com as cores das flores, de um rosa choc que hipnotiza. Tem-se uma sensação quase bucólica ao andar por lá. Há muitas ruínas - todas lindas -, um famoso mercado de pulgas que funciona quase todo dia, restaurantes e cafés maravilhosos, muitas famílias árabes cujos ascendentes se instalaram há séculos ao chegarem na cidade, além de ser um bairro a poucos passos da praia.
Do lado oposto da cidade, a Rotschild é uma avenida que representa muito do que é o estilo de vida do morador jovem local – antenado, cool, descolado, open minded -, em partes por conta do que representou historicamente. Há um episódio chamado de “Primavera Isralense”, um ato social que usou dessa rua como palco para protestos de jovens amontados e vivendo acampados em barracas espalhadas pela longa avenida, durante 03 meses reivindicando melhores salários e menos taxas. Isso aconteceu há cerca de 04 anos e significou uma greve geral muito forte para a cidade. É ponto de encontro da paquera ou para encontrar amigos; para idosos aposentados jogarem bocha; para passear com cachorros; passagem para quem vem ou vai. E anda-se nela a pé, de bicicleta e de patins. Não muito longe dali fica o hiper cool e dinâmico bairro de Neve Tzedek, o primeiro bairro judeu construído fora do porto de Yaffo. Habitado desde a sua essência por artistas, escritores e intelectuais. Construído com casas e prédios pequenos, preservando a arquitetura Art Nouveau e depois a Bauhaus. Com o passar dos anos, se tornou muito valorizado e hoje um dos mais caros para se viver. Lá se encontram lojas de moda, bares, restaurantes, cafés e um dos principais símbolos de sua historia, o famoso teatro Suzanne Dellal, casa do inigualável ballet Batsheva. Museus e galerias também são fáceis de achar por quase toda a cidade.
Tel Aviv certamente vai agradar qualquer tipo de viajante. Fique no mínimo 05 dias, sendo 01 semana a 10 dias ideal para se aproveitar tudo que ela oferece.
Em tempo: como qualquer capital do mundo, os preços tendem a ser bem caros para alimentação, hospedagem e shopping.