Israel: um dos lugares mais fascinantes do mundo!
Israel foi um dos países que mais me surpreendeu. Mesmo imaginando que a experiência seria, no mínimo, interessante, nada se compara ao que senti uma vez que cheguei lá. Talvez Tel Aviv seja um grande motivo por eu ter me apaixonado por Israel. Seja por isso ou não, é uma nação a parte que merece ser visitada.
Temos pouca informação sobre o que realmente acontece em Israel. Graças a muita des-informação por todos os cantos, muitos tem a falsa idéia de ser um país em guerra, inseguro, intolerante. É exatamente o contrário. Confesso que me senti 10 vezes mais segura em Tel Aviv do que me sentia quando morava em São Paulo. Lógico, há que se abrir um parênteses para os problemas reais que Israel enfrenta, do nível político. É um local que está pronto para guerrear, se for necessário, e lida com problemas de grande natureza, como bombas e conflitos em torno de poder, religião, armamento e petróleo.
Ao mesmo tempo, a força do exército local passa uma sensação de que está tudo sob controle, somado ao fato de ser uma cidade na qual as pessoas "vivem as ruas". As pessoas, em Tel Aviv e em outras cidades do país, usufruem de um estilo de vida bastante outdoor. Passeiam a qualquer hora do dia, ocupam praças e avenidas, jovens ou idosos encontram muito o que fazer nas áreas públicas. É um dos maiores indícios de que um local é – ou pode ser – seguro, quando vemos a quantidade de cidadãos vivendo pacificamente em multidões, nas ruas.
O clima é tropical, ou seja, faz-se jus aos dias ensolarados em grande parte do ano. Há muitos jovens que nascem e escolhem não ir embora do país; e esse número parece aumentar. Gostam de praticar esportes, tem uma bela qualidade de vida, trabalham mas se divertem muito, adoram a vida noturna, gastam dinheiro com comida e bebida. Engraçado que mesmo sabendo que Israel faz fronteira com a Síria, há uma leveza tão grande no ar, que até me lembrou aquele joie de vivre do qual os franceses são conhecidos (particularmente acho que esse termo se aplica muito mais aos brasileiros).
Outro ponto que me surpreendeu foi a proximidade com aspectos da cultura brasileira, principalmente quando pensamos em São Paulo e Rio de Janeiro: há pedintes na rua; o custo de vida é muito alto; bastante calor quase o ano todo; a vida noturna é bastante agitada; há muitos carros e um trânsito intenso. É como se todo esse caldeirão estivesse junto e misturado, em evidência principalmente em cidades grandes como Tel Aviv, Haifa ou mesmo Jerusalém.
Somado a isso, percebe-se que Israel vive e equaliza muito bem a tradição com o moderno. A tradição perpetuada pela religião e costumes judaicos, a qual está nítida também na história enraizada e evidente quando se vai ao sul da cidade de Tel Aviv para o belíssimo bairro antigo e porto de Yaffo; o moderno com empresas de altíssima tecnologia, jovens que transgridem costumes e uma cena gay tal qual se vê em São Francisco, São Paulo ou Amsterdam. E muitos outros exemplos que mostram o quão camaleoa é Israel.
Até porque ela nos acolhe; ela se adapta a você, e não o contrário. Ela tem o poder de encantar a qualquer um, pois há de tudo um pouco pra qualquer um. Outro exemplo: todas as placas, sinalizações e legendas, seja nas vias públicas ou comerciais, vêem as três línguas - hebraico, árabe e inglês - juntas. Quer mais inclusão que essa? Só posso dizer: vá a Israel. Mais de uma vez. Fique o máximo tempo que puder. Você certamente vai sair querendo voltar.
O que todo mundo deve saber antes de ir para Israel:
Aeroporto: a segurança em Israel é levada muito, mas muito a sério. Não se preocupe e não se assuste se precisar ficar numa sala reservada no aeroporto, a pedido do oficial da imigração. Isso é feito para evitar que traficantes, terroristas e afins entrem no país e pratiquem atos ilegais. Não adianta estressar e muito menos fazer cara feia. Eles estão apenas fazendo o trabalho deles para garantir a segurança do país;
Língua: em algumas cidades menores o idioma hebraico prevalece e o inglês vai desaparecendo, difrente de grandes cidades como Tel Aviv, Jerusalem e Haifa, onde hebraico, inglês e árabe são mandatórias em vias públicas, placas e sinalizações, museus, cardápios, etc.;
Dinheiro: a moeda local chama-se Shekel; é quase equivalente ao Real do Brasil e cerca de 3 vezes menos valiosa que o dólar. Em alguns lugares – táxi por exemplo – dá para se pagar com dólar. Mas recomenda-se fazer o câmbio;
Time zone: Israel tem horário de verão/inverno; significa que no inverno, às 17h já está escuro;
24/7: em Tel Aviv, dá pra se encontrar um bom lugar pra comer depois das 23h00 da noite tranquilamente; é uma cidade que pouco dorme e se dá bem a vida noturna;
Shabat: sexta-feira é dia Shabbat, significa que muitos locais não abrem (o mesmo para sábado). O que também me leva a dizer sobre a noite de quinta-feira: é como se fosse a sexta-feira ocidental. Só que muito, mas muito mais agitada;
Trânsito: dirigir em Israel requer um pouco de paciência e “cara de pau”: buzina-se muito. E parece uma grande Torre de Babel. O trânsito é quase infernal.