Acho fascinante o efeito contraditório de filmes e programas de TV, tentando alertar as pessoas sobre algo ruim para a saúde. Não posso deixar de supor que por mais alarde que levantem, a maioria das pessoas vai querer remar contra a maré.

Me peguei esta manhã refletindo sobre duas perguntas ilógicas de responder. “Quantos macacos morreram desde que a primeira vacina do Covid-19 foi testada?” (pergunta número um). Já a segunda: “Como podíamos viver antes de surgir a pesquisa do Google?”.

Já estou em êxtase só de me imaginar embarcando: se essa viagem a Viena se materializar, serei como crianças abrindo presentes na véspera de Natal.

E se toda a população mundial reconhecer que a vacina do Covid-19 não nos salvará desta situação terrível, até 2021? Quantos podem lidar com a verdade nua e crua? As ondas de otimismo morrerão abruptamente e não teremos escolha a não ser nos render ao inevitável.

Oficialmente 38: acho que tive um clique ontem à noite. Sempre tive muito medo de envelhecer. Mas depois de comemorar meu aniversário por 24 horas maravilhosas, percebi que não posso ter medo de uma das coisas mais divinas da vida: a experiência.

Pelo segundo sábado consecutivo, depois da minha visita ao mercado, sentei-me no mesmo restaurante israelense na Westerstraat. As mesas externas têm a melhor luz solar para um bronzeado, enquanto me garante o lugar certo para meu experimento antropológico.

Quão irônico é comemorar aniversários quando chegar mais perto de nosso 'descanso eterno' é a única certeza que se aproxima? Meu marido fez um comentário sarcástico, lembrando-me disso ontem, durante o jantar.

Quando você se mostra corajoso a vida inteira, parece ultrajante cair em lágrimas e deixar que as emoções despertem o lado mais fraco que dorme dentro de si.